O De Olho no Mercado segue acompanhando os debates do Content Experience 2025, o maior evento de marketing de conteúdo do Brasil. Ao longo do dia, especialistas de diferentes áreas compartilham reflexões e técnicas para fortalecer o relacionamento entre marcas e audiência. Uma das palestras que movimentou a programação foi “Retenção é o novo alcance”, conduzida por Rafael Kiso, fundador da mLabs e referência em comportamento digital.



A provocação que abriu a fala de Kiso define o tom da discussão:



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“Você quer ser memorável ou descartável?”
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Em um cenário de distração extrema, a principal disputa das marcas hoje não é mais por alcance — é por atenção. E, segundo ele, a métrica mais valiosa passou a ser o tempo de permanência e conexão real com o conteúdo.



<h3 class="wp-block-heading">Reter é mais importante do que viralizar</h3>



A retenção foi apresentada como indicador-chave para mensurar o impacto das estratégias de conteúdo. Mais do que visualizações ou curtidas, o que importa é quanto tempo a pessoa permanece engajada com a mensagem e o quanto ela leva aquilo consigo.



Para gerar esse tipo de conexão, o conteúdo precisa ressoar emocionalmente, trazendo relevância, contexto e identificação.



Kiso destacou o modelo de infotenimento — união entre informação e entretenimento — como um dos mais eficazes na disputa pela atenção. Esse tipo de conteúdo consegue educar, entreter e converter ao mesmo tempo, tornando a experiência mais completa para o usuário.



“O conteúdo que informa e entretém é o que mais vende, porque ele permanece.”



Outro ponto levantado foi o risco de transformar os perfis de marca em vitrines. Segundo Kiso, tratar o feed como uma panfletagem digital reduz o valor percebido e prejudica a retenção.



A orientação é clara: conte histórias, não apenas características do produto. Emoção e memória andam juntas — e são elas que tornam o conteúdo memorável.



<h3 class="wp-block-heading">Conteúdo prático retém</h3>



Dicas que economizam tempo, como atalhos, modelos prontos, checklists ou insights diretos, são altamente valorizadas pela audiência. Utilidade gera permanência. E isso se conecta com outro ponto central da palestra: comunicar o benefício direto ao consumidor, não apenas a funcionalidade do que é oferecido.



Finalizando a palestra, Rafael fez um alerta: viralizar não é sinônimo de sucesso. Muitas vezes, o conteúdo viral atinge públicos que não têm afinidade com a marca, o que resulta em baixa conversão. A recomendação é clara: priorizar a retenção das pessoas certas, mesmo que isso signifique alcançar menos gente.

DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.

No Content Experience 2025, Rafael Kiso compartilhou estratégias para marcas que querem ser lembradas, e não apenas vistas, diante de um público cada vez mais disperso.