<a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-02-at-17.36.04-2.jpeg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-21098 size-full" title="Ponta Grossa" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-02-at-17.36.04-2.jpeg" alt="Ponta Grossa" width="799" height="533" /></a> Sobre os trilhos é onde se constrói a história de Ponta Grossa. Foto: Lente Quente/Jornalismo UEPG
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 responsiveVoice.speak("Em meio à paisagem dos campos gerais destoava uma colina coberta por um capão de mato. Assim surge Ponta Grossa. A cidade, que no século XIX era apenas um ponto de parada dos tropeiros, neste mês de setembro comemora 197 anos de história. Trajetória que foi construída sobre os trilhos ferroviários, grandes responsáveis por tornar a cidade um símbolo da modernidade e de diversidade cultural. Estação Roxo de Rodrigues. sede central da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande na década de 1910 e atualmente. Hoje, o local é um centro cultural e gastronômico. (Foto de 1910: Frederico Lange/Casa da Memória de Ponta Grossa | Foto atual: Sesc - Fecomércio) “A ferrovia possibilita a chegada de pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Trouxe consigo também os elementos da modernidade: indústria, emprego, cinema, energia elétrica, carro”, explica o historiador Niltonci Batista Chaves, pesquisador da história local há mais de 20 anos. Depois da chegada da ferrovia no final do século XIX, a cidade aumentou em quatro vezes o seu número de habitantes. A contribuição veio de brasileiros, populações africanas e povos europeus, como ucranianos, alemães, poloneses, italianos, russos, sírios, libaneses, que consolidaram a cidade como um rico espaço cultural e intelectual. A MünchenFest é uma das festas que celebram a cultura cervejeira alemã em Ponta Grossa. Foto: Lente Quente/Jornalismo UEPG Ferroviário, Adriática e outros símbolos de Ponta Grossa  Muitas das raízes de Ponta Grossa ainda reverberam na identidade local. Dentre os elementos mais fortes está a mitificação de dois personagens: o tropeiro e o ferroviário. Eles representam dois grandes movimentos de construção da cidade. “O tropeirismo que abre a região, e o ferroviário que transforma a cidade”, explica Niltonci. Neste lastro identitário, entra também o Operário Ferroviário Esporte Clube. Fundado pelos trabalhadores ferroviários em 1912, a identidade da população ainda hoje se encontra representada no time de futebol por conta da identificação histórica e cultural que ele desperta. “A camisa do Operário é usada para representar Ponta Grossa. O que é muito legal, porque ele tem uma origem popular e está atrelado a um elemento histórico”, frisa o pesquisador.  Foto: Operário Ferroviário Esporte Clube antes de uma partida no ano de 1916. Foto: Luiz Bianchi/Casa da Memória de Ponta Grossa. Outro símbolo regional é a antiga Adriática. Fundada em 1902 pelo imigrante alemão Heinrich Thielen, a fábrica de cervejas tornou-se o grande símbolo da industrialização ponta-grossense. Desde então, a vocação industrial da cidade só cresceu, a ponto de tornar a região dos Campos Gerais do Paraná o maior parque industrial do interior do estado. Força econômica A indústria é o principal setor da região, junto aos serviços. Mas ambos trabalham muito integrados à agropecuária, que apesar de ter diminuído sua importância da formação do PIB, é o que impulsiona os demais setores. “Ponta Grossa é importante na economia paranaense justamente por ter um agro competitivo, somado à uma indústria competitiva”, explica a economista e pesquisadora da UEPG, Augusta Pelinski Raiher. “Somos um dos poucos municípios privilegiados que tem quase todos os setores como importantes. Não temos apenas um segmento que conduz: é como se fosse uma junção de todos”, pontua. A pandemia do coronavírus também impactou Ponta Grossa. Mas Raiher argumenta que a cidade tem um histórico de conseguir superar crises, como já aconteceu em 2015. O motivo são fatores endógenos da região. “O agro competitivo inserido à nível internacional, com uma indústria voltada para a produção de bens essenciais. Isso faz com que tenhamos certa estabilidade em termos de dinâmicas econômicas”, explica.  Sobre o futuro, a pesquisadora encara com otimismo. \"Ponta Grossa já está saindo da crise”, afirma. “Os números mostram isso. Se você comparar o saldo entre abertura e fechamento de empresas, estamos até mais positivos em relação ao ano passado. Então, na minha visão, o pior já passou. Vejo de uma perspectiva muito positiva.” *Agradecemos ao coletivo Lente Quente, da UEPG, e à Casa da Memória pelas imagens.", "Brazilian Portuguese Female");
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Em meio à paisagem dos campos gerais destoava uma colina coberta por um capão de mato. Assim surge Ponta Grossa. A cidade, que no século XIX era apenas um ponto de parada dos tropeiros, neste mês de setembro comemora 197 anos de história. Trajetória que foi construída sobre os trilhos ferroviários, grandes responsáveis por tornar a cidade um símbolo da modernidade e de diversidade cultural.
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<a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/Estação-Roxo-Rodrigues.png"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-21099 size-full" title="Ponta Grossa" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/Estação-Roxo-Rodrigues.png" alt="Ponta Grossa" width="800" height="500" /></a> Estação Roxo de Rodrigues. sede central da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande na década de 1910 e atualmente. Hoje, o local é um centro cultural e gastronômico. (Foto de 1910: Frederico Lange/Casa da Memória de Ponta Grossa | Foto atual: Sesc &#8211; Fecomércio)
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“A ferrovia possibilita a chegada de pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. Trouxe consigo também os elementos da modernidade: indústria, emprego, cinema, energia elétrica, carro”, explica o historiador Niltonci Batista Chaves, pesquisador da história local há mais de 20 anos. Depois da chegada da ferrovia no final do século XIX, a cidade aumentou em quatro vezes o seu número de habitantes. A contribuição veio de brasileiros, populações africanas e povos europeus, como ucranianos, alemães, poloneses, italianos, russos, sírios, libaneses, que consolidaram a cidade como um rico espaço cultural e intelectual.
<a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/PGR1.jpeg"><img decoding="async" loading="lazy" class="alignnone size-full wp-image-21205" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/PGR1.jpeg" alt="A MünchenFest é uma das festas que celebram a cultura cervejeira alemã em Ponta Grossa. Foto: Lente Quente/Jornalismo UEPG" width="686" height="533" /></a>
A MünchenFest é uma das festas que celebram a cultura cervejeira alemã em Ponta Grossa. Foto: Lente Quente/Jornalismo UEPG
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<h1>Ferroviário, Adriática e outros símbolos de Ponta Grossa </h1>
Muitas das raízes de Ponta Grossa ainda reverberam na identidade local. Dentre os elementos mais fortes está a mitificação de dois personagens: o tropeiro e o ferroviário. Eles representam dois grandes movimentos de construção da cidade. “O tropeirismo que abre a região, e o ferroviário que transforma a cidade”, explica Niltonci.
Neste lastro identitário, entra também o <a href="https://www.operarioferroviario.com.br/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Operário Ferroviário Esporte Clube</a>. Fundado pelos trabalhadores ferroviários em 1912, a identidade da população ainda hoje se encontra representada no time de futebol por conta da identificação histórica e cultural que ele desperta. “A camisa do Operário é usada para representar Ponta Grossa. O que é muito legal, porque ele tem uma origem popular e está atrelado a um elemento histórico”, frisa o pesquisador. 
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<a href="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/Estação-Roxo-Rodrigues-3.png"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-21125 size-full" title="Ponta Grossa" src="https://s3.amazonaws.com/deolhonomercado-prd/deolhonomercado/wp-content/uploads/2020/09/Estação-Roxo-Rodrigues-3.png" alt="" width="800" height="500" /></a> Foto: Operário Ferroviário Esporte Clube antes de uma partida no ano de 1916. Foto: Luiz Bianchi/Casa da Memória de Ponta Grossa.
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Outro símbolo regional é a antiga Adriática. Fundada em 1902 pelo imigrante alemão Heinrich Thielen, a fábrica de cervejas tornou-se o grande símbolo da industrialização ponta-grossense. Desde então, a vocação industrial da cidade só cresceu, a ponto de tornar a região dos Campos Gerais do Paraná o maior parque industrial do interior do estado.
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<h1>Força econômica</h1>
A indústria é o principal setor da região, junto aos serviços. Mas ambos trabalham muito integrados à agropecuária, que apesar de ter diminuído sua importância da formação do PIB, é o que impulsiona os demais setores. “Ponta Grossa é importante na economia paranaense justamente por ter um agro competitivo, somado à uma indústria competitiva”, explica a economista e pesquisadora da <a href="https://www.uepg.br/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">UEPG</a>, Augusta Pelinski Raiher. “Somos um dos poucos municípios privilegiados que tem quase todos os setores como importantes. Não temos apenas um segmento que conduz: é como se fosse uma junção de todos”, pontua.
A pandemia do coronavírus também impactou Ponta Grossa. Mas Raiher argumenta que a cidade tem um histórico de conseguir superar crises, como já aconteceu em 2015. O motivo são fatores endógenos da região. “O agro competitivo inserido à nível internacional, com uma indústria voltada para a produção de bens essenciais. Isso faz com que tenhamos certa estabilidade em termos de dinâmicas econômicas”, explica. 
Sobre o futuro, a pesquisadora encara com otimismo. &#8220;Ponta Grossa já está saindo da crise”, afirma. “Os números mostram isso. Se você comparar o saldo entre abertura e fechamento de empresas, estamos até mais positivos em relação ao ano passado. Então, na minha visão, o pior já passou. Vejo de uma perspectiva muito positiva.”
*Agradecemos ao coletivo Lente Quente, da UEPG, e à Casa da Memória pelas imagens.

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