O NRF vai chegando ao fim. Ontem, no terceiro dia do <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/marketing/acompanhe-aqui-o-maior-evento-mundial-do-varejo-nrf-big-show-2016/" target="_blank" rel="noopener">maior evento mundial do varejo</a>, a intensa agenda de conteúdo continuou abordando tendências, <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/inovacao/nrf-big-show-2016-dia-2-experiencias-tecnologia-e-robotizacao-no-varejo/">tecnologias e soluções para o varejo</a>, que é um dos principais motores das grandes potências econômicas. Nosso representante internacional, Cláudio Erwin &#8211; o Ceará- , permanece em Nova York até hoje, dia 20, para as palestras de encerramento do evento. Para finalizara nossa missão de trazer aos nossos leitores as informações mais quentes do que tem acontecido por lá, confira alguns pontos de destaque do terceiro dia da <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/nrf-big-show-2016-o-primeiro-dia-de-grandes-possibilidades/" target="_blank" rel="noopener">NRF Big Show 2016</a>.
<h1>Por um varejo sem fronteiras</h1>
Agora, o foco não é mais levar o cliente à loja, mas ir até onde ele estiver 
A fala de Mindy Grossman, CEO da HSNI, rede de <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/jantar-so-depois-do-jornal-nacional/" target="_blank" rel="noopener">televisão aberta</a> dos Estados Unidos com programação 24/7 focada em vendas, foi uma das que mais marcou o terceiro dia do NRF Big Show. Grossman compartilhou com o público a sua visão de um mundo varejista “sem fronteiras”.
Para a executiva, os varejistas precisam entender que a ideia tradicional de “trazer o cliente para o ponto de venda” não é mais suficiente. Agora, a loja precisa <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/inovacao/tv-de-bolso-acompanhar-a-programacao-na-tela-do-celular-esta-cada-dia-mais-facil/" target="_blank" rel="noopener">ir até o cliente onde ele estiver</a> e quando ele quiser. O desafio é encontrar estratégias para estar altamente conectado com ele.
Muito do que Grossman disse se refere ao modo com que os norte-americanos têm reformulado o seu próprio varejo. A divisão entre loja física e online, para eles, já não está mais em debate porque já foi superada: há o entendimento comum de que a presença da marca deve ser a maior possível independentemente da plataforma. As duas possibilidades podem trabalhar juntas e maximizar resultados como nunca se viu antes.
<figure id="attachment_3377" aria-describedby="caption-attachment-3377" style="width: 750px" class="wp-caption aligncenter"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/01/RPC-Comercial-NRF-Mindy-Grossman.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-3377 size-full" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/01/RPC-Comercial-NRF-Mindy-Grossman-e1453295275453.jpg" alt="Varejo sem fronteiras pode determinar o futuro das vendas no mundo" width="750" height="499" /></a><figcaption id="caption-attachment-3377" class="wp-caption-text">Mindy Grossman: varejo sem fronteiras pode determinar o futuro das vendas no mundo</figcaption></figure>
Para isso, acredita Grossman, é preciso que o varejo mais uma vez repense a jornada do seu consumidor e entenda melhor sobre o apetite do seu público. O futuro das vendas e da distribuição hoje passa pelo botão de “<a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/o-crescimento-das-compras-virtuais-no-parana/" target="_blank" rel="noopener">finalizar compra</a>”, mesmo no caso da HSNI.
A Home Shopping Network Inc (HSNI) é um dos canais televisivos mais poderosos dos Estados Unidos e sempre levou à frente a ideia de que para consumir não havia necessidade de sair de casa. Com a proliferação de novas tecnologias, explicou Grossman, este conceito só ganhou mais força, mas, obviamente, o canal precisou pensar em mudanças e formular estratégias inovadoras. Hoje, o canal é multiplataforma e atua em diversos nichos de comunicação.
Grossman ainda afirma que todas as marcas e companhias têm um diferencial competitivo que os impulsiona. Mas, para o HSNI, o grande diferencial é ser uma empresa televisiva que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, que está também em <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/marketing/relacionamento-de-marcas-nas-redes-sociais-planeje-o-tom-adequado-da-sua-comunicacao/" target="_blank" rel="noopener">plataformas digitais </a>e que produz conteúdo incessantemente. “É a forma que usamos para ir com nossos clientes por todos os lugares, melhorando nossa presença com várias outras táticas: <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/marketing/storytelling-toda-marca-tem-historias-para-contar/" target="_blank" rel="noopener">storytellings imersivos</a>,  produtos exclusivos e o mais importante&#8230; <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/construa-uma-relacao-solida-com-seu-consumidor-6/" target="_blank" rel="noopener">engajando nosso cliente</a> emocionalmente com nossa marca. Nós realmente acreditamos na nossa habilidade de distribuir produtos exclusivos para uma enorme audiência”, afirma.
O case apresentado pela executiva mostra que as conexões entre os meios serão o principal motor dessa mudança e que acabará por levar o varejo – e todos os outros segmentos &#8211; para um nível superior de desenvolvimento.
<h1>Walkie-talkies, comunicação do passado</h1>
Tecnologia deve também resolver processos simples, mas altamente importantes
 É bastante comum encontrarmos no varejo os walkie-talkies como uma solução de comunicação para lojas grandes, em que o ritmo de vendas é alto e em que o tempo é um variável mais que importante para a qualidade do serviço. Mas esta ferramenta normalmente exige concentração demais para ser manuseada: a qualidade do áudio, por exemplo, e a comunicação  têm um defeito grave de privacidade. Constantemente, acabam se tornam um canal de comunicação que pulveriza o foco, distrai, abrindo espaço para conversas informais e podem distrair os funcionários.
Enquanto os varejistas estão investindo bilhões de dólares atualizando todo o seu sistema operacional, a The Container Store decidiu inovar em algo simples: é um dos primeiros grandes varejistas em todo os Estados Unidos a criar uma nova maneira dos funcionários se comunicarem entre si. Se tudo correr como o planejado, os funcionários das 77 lojas da loja estarão usando &#8220;computadores vestíveis&#8221; até o final de 2016.
<figure id="attachment_3376" aria-describedby="caption-attachment-3376" style="width: 740px" class="wp-caption aligncenter"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/01/RPC-NRF-Walkie.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-3376 size-full" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/01/RPC-NRF-Walkie.jpg" alt="Para a The Container Store, a maior vantagem do novo sistema é que ele ajuda os funcionários a resolverem os problemas de seus clientes mais rapidamente" width="740" height="315" /></a><figcaption id="caption-attachment-3376" class="wp-caption-text">Para a The Container Store, a maior vantagem do novo sistema é que ele ajuda os funcionários a resolverem os problemas de seus clientes mais rapidamente</figcaption></figure>
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O aparelho se chama Communicator e foi criado pela desenvolvedora Theatro. Com metade do tamanho de um telefone móvel, o dispositivo é preso em um bolso ou avental &#8211; os usuários devem usar fones de ouvido, o dispositivo pode ser controlado por voz e se conecta via wi-fi com todos os usuários. Ao usar o Communicator, os funcionários conseguem manter as mãos livres e o olhar focado na rotina da loja.
O dispositivo pode vir a ser considerado um divisor de águas para os grandes varejistas, acreditaNikki Baird, diretora-gerente da RSR Research, já que pode aumentar muito a eficiência na hora de setores distantes de uma empresa se comunicarem: estocagem e comercial, por exemplo, terão um contato muito mais ágil.
O Communicator tem um GPS que permite a todos funcionário da empresa falarem uns com os outros, a qualquer momento. Hoje, essa conexão apresenta muitas falhas e é até comum que os funcionários tenham que usar seus celulares pessoais para resolver problemas da empresa.
<h1>Mudar para crescer</h1>
Mudar aspectos fundamentais do conceito da marca às vezes é necessário 
Sempre é tempo de rever conceitos. Com uma mudança altamente impactante nos hábitos alimentares e a onda do discurso em<a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/setor-de-artigos-esportivos-aproveita-bom-momento-populacao-busca-mais-saude/" target="_blank" rel="noopener"> defesa do saudável</a>, as <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/food-truck-um-modelo-de-negocio-promissor-na-area-alimenticia/" target="_blank" rel="noopener">empresas de alimentação</a> se viram no olho no furacão. E isso tem acontecido com o McDonald´s.
Bastante criticada nos últimos anos pelo caráter industrial de <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/tendencia-de-mercado-cresce-a-procura-por-alimentos-organicos/" target="_blank" rel="noopener">produção de comida</a>, o chamado fast food, agora a marca tem buscado testar uma experiência mais sofisticada ao seu consumidor. Na Califórnia, o McDonald´s começou a oferecer serviço de mesa em 600 lojas. A inspiração surgiu com a introdução de um conceito revolucionário: o <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/tudo-acaba-em-pizza-e-isso-e-um-otimo-negocio/" target="_blank" rel="noopener">fast casual</a>.
O objetivo é testar se este modelo pode ser aplicável aos restaurantes da marca e entender como o público vai reagir à mudança de conceito e posicionamento. Nestes pontos de venda em teste, os clientes tem um menu mais flexível, podendo inclusive escolher ingredientes. Esta tentativa do McDonald´s tem um impacto alto na <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/atividade-fisica-e-boa-alimentacao-receita-anti-stress-para-profissionais/" target="_blank" rel="noopener">indústria alimentícia</a>: é a prova de que há uma nova tendência em curso e os fast foods terão que repensar seu posicionamento no mercado.
<h1>Curiosidades do varejo</h1>
A trilha sonora da compra
 Como os sons afetam os clientes dentro de supermercados ou lojas? Um novo estudo da empresa de pesquisa e marketing Leger e da Sociedade de Compositores, Autores e Editores de Música do Canadá, comentada durante a NRF Big Show 2016, afirma que 58% dos canadenses acham que <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/marketing/jingles-marcantes-fazem-historia-e-criam-vinculos-duradouros-com-as-marcas/" target="_blank" rel="noopener">ouvir música </a>no supermercado torna as compras mais agradáveis, 28% afirmam que a música diminui as suas compras; 24% acreditam que a música faz com que permaneçam no supermercado mais tempo.
Leslie Craig, diretora de operações e de licenciamento da SOCAN, explica que além disso 34% canadenses admitiram cantar e dançar nos corredores, 33% disseram ficar mais tempo dentro da loja só para terminar de ouvir uma música que gosta. Ou seja: a música é um influenciador com grande potencial no varejo. O ideal é que os varejistas, ao terem em mãos dados sobre o público consumidor, pensem também sobre o gosto musical dos seus clientes para <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/inovacao/experiencias-diferentes-podem-inspirar-seus-consumidores/" target="_blank" rel="noopener">melhorar a experiência de compra</a>. Músicas que estão no topo das paradas ou também estilos mais segmentados: a escolha vai depender do perfil do seu cliente.
Para fechar este terceiro dia, confira mais um vídeo do Ceará diretamente de Nova York em que ele comenta os pontos das palestras em que esteve:
https://vimeo.com/152410137/

DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.