Não faz muito tempo: bastava acionar o olfato do cliente para deixar o  paladar instigado a provar aquele temperinho no ar. A receita ainda funciona, mas agora o <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/o-futuro-nao-tao-distante-do-consumo-parte-1/" target="_blank" rel="noopener">consumidor quer mais</a>! Embalado pela popularização de conceitos oriundos da culinária gourmet, o consumidor incluiu mais um requisito em sua lista de pedidos: um <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/o-que-vem-depois-dos-food-trucks-pode-ser-o-antirrestaurante/" target="_blank" rel="noopener">toque original e caprichado </a>no visual das refeições.
Quem revela é a pesquisa Brasil Food Trends 2020, realizada pela Fiesp e Ibope em nove principais regiões metropolitanas do país. Segundo a publicação, o consumidor brasileiro passou a demonstrar forte aderência às tendências atitudinais de consumo de alimentos encontrados em outros países do mundo. Ou seja, <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/food-truck-um-modelo-de-negocio-promissor-na-area-alimenticia/" target="_blank" rel="noopener">o brasileiro está à procura de novidades</a>. Foi a partir disso que o estudo conseguiu definir cinco grupos de <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/o-futuro-nao-tao-distante-do-consumo-parte-2/" target="_blank" rel="noopener">tendências </a>que estão a todo o vapor aqui no Brasil. Confira!
<a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Info_Comida.png"><img decoding="async" loading="lazy" class="aligncenter size-full wp-image-4139" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Info_Comida.png" alt="Info_Comida" width="750" height="2500" /></a>
<h2>Beleza que põe mesa</h2>
<figure id="attachment_4114" aria-describedby="caption-attachment-4114" style="width: 300px" class="wp-caption alignleft"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/03/RPC-Prazer-na-alimentacao.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-4114 size-medium" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/03/RPC-Prazer-na-alimentacao-300x200.jpg" alt="Comer sem culpa: o consumidor busca pratos que estimulem outros sentidos além do paladar" width="300" height="200" /></a><figcaption id="caption-attachment-4114" class="wp-caption-text">Comer sem culpa: o consumidor busca pratos que estimulem outros sentidos além do paladar</figcaption></figure>
Para o consumidor do grupo “sensorialidade e prazer”, que representa cerca de 22% dos entrevistados, o mais importante é que a comida seja gostosa e atraente. Além disso, os consumidores sensoriais tendem a ter um comportamento mais impulsivo na hora de se alimentar, pois são guiados pela busca do prazer.
Essas pessoas não ficam presas a um sentimento de culpa quando se alimentam. Isso significa que na hora de escolher entre o mais saudável e o mais saboroso, escolhem, claro, a segunda opção. E aí entra o desafio para os empresários do setor: como oferecer uma refeição que transcenda a ideia do apenas “suprir uma necessidade básica”, mas que encante e <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/marketing/um-olho-nos-negocios-outro-no-cliente/" target="_blank" rel="noopener">fidelize este consumidor</a>? Neste momento mais difícil da economia, é hora de <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/comer-comer-para-matar-a-fome-ou-empreender/" target="_blank" rel="noopener">buscar estratégias para tirar o público de casa.</a>
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<h2>O paranaense come com os olhos</h2>
“Não enfeitar a comida com cores é como sair de casa sem roupas”. O ditado é de origem japonesa, mas traduz bem a opinião de Iracema Bertoco, gerente de gastronomia do Centro Europeu, quando o assunto é fazer um prato se tornar interessante e atraente: comida monocromática tem pouco efeito sob o consumidor.
<figure id="attachment_4085" aria-describedby="caption-attachment-4085" style="width: 750px" class="wp-caption aligncenter"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/03/RPC-Alimentacao-sensorial-Chef-Iracema.png"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-4085 size-full" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/03/RPC-Alimentacao-sensorial-Chef-Iracema-e1457116401629.png" alt="RPC Alimentacao sensorial Chef Iracema" width="750" height="304" /></a><figcaption id="caption-attachment-4085" class="wp-caption-text">A chef Iracema Bertocco explica: um único prato, colorido e bem servido, enche os olhos dos clientes</figcaption></figure>
Por isso, é vital para os restaurantes estruturarem o cardápio pensando em todas as etapas da refeição e também no que o cliente procura quando visita o estabelecimento. “Nem todo mundo fraciona a refeição em três ou mais pratos, prefere consumir um prato único e bem servido. Aí o restaurante precisa ter bem definido qual a sua proposta”, aconselha Iracema.
Para fisgar o consumidor sensorial os restaurantes precisam também sempre pensar em novidades e, de tempos em tempos, incluir novas receitas no cardápio. Outra dica de Iracema é equilibrar o menu, sem ser muito extenso, mas procurar oferecer opções entre pratos leves e substanciosos, com alguns tipos de proteína. “Comer repetidamente o mesmo prato enjoa. Claro que há aqueles que jamais podem mudar porque é a identidade do lugar, mas é essencial inovar&#8221;, finaliza.

DeOlhoNoMercado, o blog da RPC, Afiliada Globo. Entrevistas e matérias sobre mercado, setores, boas práticas, tendências, comportamento e consumo no Paraná.