Para falar sobre suco, não poderíamos escolher fonte melhor: o Brasil. Somos líderes no ranking de produção de suco de laranja, com mais de 50% da fatia de mercado mundial. E o <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/agronegocios-no-show-rural-2016-tecnologia-para-o-desenvolvimento-do-parana/" target="_blank" rel="noopener">Paraná é um dos estados que mais coopera</a> para esta posição: é o 4º maior produtor de laranjas do país. Apesar de ser o carro-chefe da exportação brasileira no mercado de sucos, a laranja não é a única a nos representar: uva, goiaba, pêssego, manga, maracujá e caju são só alguns exemplos do nosso potencial produtor.
<figure id="attachment_3914" aria-describedby="caption-attachment-3914" style="width: 819px" class="wp-caption aligncenter"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/02/RPC-PR-suco-de-laranja.png"><img decoding="async" loading="lazy" class="wp-image-3914 size-full" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/02/RPC-PR-suco-de-laranja.png" alt="Paraná é o 4o maior produtor de laranja do Brasil" width="819" height="284" /></a><figcaption id="caption-attachment-3914" class="wp-caption-text">Paraná é o 4o maior produtor de laranja do Brasil. Nosso país responde por 50% do mercado mundial de suco de laranja</figcaption></figure>
Nos últimos anos, o mercado brasileiro de sucos tem crescido a galope devido a uma forte <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/o-futuro-nao-tao-distante-do-consumo-parte-2/" target="_blank" rel="noopener">mudança de mentalidade do consumidor</a>. Este mercado inclui diversos tipos: integral, 100%, néctar, bebida mista, suco concentrado, suco em pó, refrescos e os feitos à base de soja &#8211; com tanta variedade, chegou a faturar mais de R$ 12 bilhões em 2014 no Brasil. O número é expressivo, mas não há dúvidas para que ainda existe muito mais mercado para ser explorado. E aí é que um novo nicho de mercado começou a ganhar fôlego no Brasil e no mundo&#8230;
<h2>Suco 100% natural, integral e orgânico: um nicho de mercado em franco crescimento</h2>
O que diferencia os integrais dos outros produtos do segmento é que não há adição de conservantes ou outros aditivos . Ou, no<a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/tendencia-de-mercado-cresce-a-procura-por-alimentos-organicos/" target="_blank" rel="noopener"> caso dos orgânicos</a>, toda a cadeia de produção precisa ser certificada de isenção de uso de agrotóxicos. No caso dos naturais, não há diluição do insumo em água.
Segundo o Banco Global de Novos Produtos (GNPD), da Mintel, 3,5% de todos os produtos lançados em 2014 posicionaram-se como orgânicos, o que representa um aumento de 95% desde 2011, quando este posicionamento foi de 1,8%. Além disso, a produção do suco natural cresceu mais de 200% em volume em uma década, segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
O que explica a ascensão destes produtos é que as novas gerações de consumidores têm mostrado uma preocupação muito maior em relação os <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/projeto-verao-e-oportunidade-para-restaurantes-e-academias/" target="_blank" rel="noopener">efeitos da alimentação na saúde</a>. Os sucos de fruta passaram também a ser entendidos como instrumento de profilaxia, unindo sabor e qualidade. Só em Curitiba*, por exemplo, 28% dos consumidores de sucos prontos afirmaram ingerir mais de 15 copos do produto na semana.
Hoje, o consumo deste novo nicho é de, em média, 0,4 litro por brasileiro, valor ainda considerado baixo, mas que de maneira nenhuma desanima os produtores brasileiros. “Apesar de ser um produto com valor mais alto, quando o consumidor se depara com <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/comportamento/paranaense-esta-pesquisando-mais-na-hora-de-encher-o-carrinho/" target="_blank" rel="noopener">qualidade e um preço justo</a>, ele escolhe saúde. Esta é uma demanda reprimida no Brasil e que está à procura deste novo produto para consumir”, explica Teodósio Piedrahita, diretor comercial do grupo paranaense Famiglia Zanlorenzi, também produtora de sucos.
<h2>Famiglia Zanlorenzi: a palavra é inovação</h2>
<figure id="attachment_3911" aria-describedby="caption-attachment-3911" style="width: 359px" class="wp-caption alignleft"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/02/RPC-Sucos-Teodosio-Piedrahita.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="size-full wp-image-3911" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/02/RPC-Sucos-Teodosio-Piedrahita.jpg" alt="Teodósio Piedrahita, diretor diretor comercial do grupo paranaense Famiglia Zanlorenzi, nos conta porquê os sucos integrais tem feito sucesso" width="359" height="280" /></a><figcaption id="caption-attachment-3911" class="wp-caption-text">Teodósio Piedrahita, diretor diretor comercial do grupo paranaense Famiglia Zanlorenzi, nos conta o &#8220;segredo do sucesso&#8221; dos sucos integrais</figcaption></figure>
Em 2010, o grupo Famiglia Zanlorenzi lançou seu primeiro suco integral, no sabor uva. Além de já estar atrelado ao outro nicho da marca &#8211; os vinhos &#8211;  o suco de uva é hoje o mais consumido no país e tem o dobro do market share em comparação ao sabor laranja, segundo a CitrusBR. De lá pra cá, a marca viu seu negócio crescer na casa dos três dígitos.
Foi aí que, em 2014, como explica Piedrahita, a empresa começou a se questionar para entender porque esta movimentação aconteceu tão rápido. “Nós sabíamos que o produto era excelente, mas não podia ser a única resposta. Descobrimos que não era o que só o sabor da uva e a preferência do consumidor, mas o que a uva entregava neste produto: o conceito de integralidade”, explica.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), os sucos naturais e integrais cresceram 29,8%, com a venda de 108,3 milhões de litros em 2015. Já na categoria de sucos de uva reprocessados e/ou reconstituídos, o crescimento foi de 101,5%, com a comercialização de 5,2 milhões de litros. Na categoria sucos de uva prontos para o consumo, ocorreu aumento de 30,5% em relação a 2014, com a venda de 117,7 milhões de litros.
Desde então, a marca entrou de cabeça neste nicho, inclusive oferecendo o suco integral no sabor maçã. Hoje o grupo também aposta nos sucos funcionais de três tipos (colágeno, antiox e detox) e no recém lançado <a href="http://www.deolhonomercado.com.br/economia/segmento-de-vestuario-infantil-e-mercado-crescente/" target="_blank" rel="noopener">suco infantil</a> &#8211; que mistura frutas e vegetais, versão inédita no país. O desafio da linha infantil, conta o diretor comercial, era validar a união de dois componentes essenciais à dieta das crianças com as mães e o sensorial, o gosto, com as crianças.
<figure id="attachment_3910" aria-describedby="caption-attachment-3910" style="width: 300px" class="wp-caption alignright"><a href="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/02/RPC-Sucos-Zanlorenzi.jpg"><img decoding="async" loading="lazy" class="size-medium wp-image-3910" src="http://www.deolhonomercado.com.br/wp-content/uploads/2016/02/RPC-Sucos-Zanlorenzi-300x169.jpg" alt="O novo drive da categoria agora é buscar inovação sem sair da lógica da integralidade" width="300" height="169" /></a><figcaption id="caption-attachment-3910" class="wp-caption-text">O novo drive da categoria agora busca inovar sem perder a essência do produto integral</figcaption></figure>
Outro exemplo da marca que mostra como o mercado de sucos ainda pode crescer e muito no nosso país foi a criação dos “sucos snacks”, desenvolvidos baseando-se no conceito estrangeiro do liquid meal (refeição líquida). “Criamos para aquele público que quer substituir uma refeição com qualidade”, explica.
Ainda este ano, Piedrahita conta que a marca pretende fazer novos lançamentos seguindo a lógica da integralidade. E a intenção é não deixar a marca desaquecer. “No mundo, são 16 bilhões de litros de refrigerante consumidos por ano; um bilhão de sucos prontos, os néctares, e apenas 190 milhões de litros de suco integral. Nós não temos a menor dúvida que essas quantidades vão derramar nos sucos integrais. Você tem?”, finaliza.
* Kantar Ibope Media – TGI – Banco: BrY16w1+w2 (Ago15-Set15)V1.0 – Praça Curitiba)
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