
<p>Você com certeza conhece alguém que se denomina mãe ou pai de pet. Isso é parte de um crescente processo de humanização de animais de estimação que, de acordo com um estudo, tende a aumentar, principalmente na geração Z. Considerar os pets como parte da família faz com que os tutores tomem um cuidado especial com os animais. Proporcionar isso passa pela aquisição de produtos, alimentos e serviços dedicados especializados para os bichinhos. Portanto, os laços estreitos entre tutores e pets geraram novos hábitos de consumo, alavancando o mercado pet. </p>



<figure class="wp-block-video"><video autoplay controls src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/02/De-olho_Fevereiro_Pets-V10.mp4"></video></figure>



<p>Animais de estimação fazem parte da cultura brasileira. Por isso, há até um projeto de lei para tornar o vira-lata caramelo uma manifestação cultural imaterial do Brasil. No Paraná, os pets também são sucesso: 77% dos paranaenses dizem ter ao menos um animal de estimação. Além disso, no estado, 7 em cada 10 pessoas acreditam que os animais de estimação são parte da família. Por aqui, os pets mais populares são cachorros (60%), gatos (22%), passarinhos (12%) e peixes (5%). Conquistando cada vez mais os tutores, os gastos com o bem-estar animal mais do que duplicaram nos últimos quatro anos. Logo, as oportunidades neste setor são múltiplas e animadoras.</p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Perspectivas do mercado pet</strong></h2>



<figure class="wp-block-image size-full"><img decoding="async" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/02/Imagens-De-Olho-CORPO-DA-MATE%CC%81RIA-10.png" alt="" class="wp-image-100945"/><figcaption class="wp-element-caption"><em>Os produtos mais adquiridos para os pets são itens de primeira necessidade. Contudo, mimos também fazem parte das compras do consumidor. </em></figcaption></figure>



<p>O Brasil é o terceiro país com o maior número de animais de estimação no mundo. Suprir os animais com itens, alimentos e serviços necessários passa pelo varejo e pelo setor de serviços. Projeções indicam que, até o fim de 2023, o mercado pet faturou mais de R$46 bilhões. Neste setor, o destaque vai para os pequenos e médios pet shops que em 2022 representaram 48,7% do faturamento do setor. As megastores – lojas de grande porte – que têm se popularizado nas grandes cidades, representam 8,9% do setor. Outros negócios relevantes são clínicas e hospitais veterinários (18,1%), agrolojas (8,8%), varejo alimentar (7,9%), e-commerce (6%) e outros.</p>



<p>As vendas online também registraram aumento nesse segmento. Mesmo com o retorno às lojas físicas, consumidores continuam a comprar produtos para seus pets pela internet. Contudo, a compra em lojas físicas ainda é a predileta entre os tutores (84%). Já em relação aos gastos que os tutores têm com os animais de estimação, destacam-se remédios (51%), vacinas (48%), banho e tosa (47%) e consultas veterinárias (39%). Logo, esses dados demonstram que o valor gasto pelos tutores não fica restrito ao comércio.</p>



<p>Apesar das perspectivas positivas, o setor nem sempre foi tão promissor. Segundo a empresária <a href="https://www.linkedin.com/in/l%C3%A9ia-penner-5b622082/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Léia Penner</a>, do Pet World Crematório de Animais, a mudança positiva no mercado pet foi gradual. &#8220;Em duas décadas, percebemos um avanço expressivo quanto aos serviços e a procura de qualidade de vida para os pets. Antes, serviços e produtos para animais focavam na agropecuária, em animais de grande porte. Os animais domésticos não tinham a mesma oferta, pois cães eram para guarda e felinos estavam presentes em bem menos lares que hoje&#8221;, comenta. </p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Adaptação ao mundo Pet</strong></h2>



<p>Neste cenário, diferentes setores se adaptam aos novos padrões de consumo de tutores e novos serviços para animais surgem, como creches para animais (Day Care), hotéis, planos de saúde e odontológicos, considerados negócios em ascensão. Os serviços voltados à atenção e cuidado aos bichinhos, aliás, compreende todos os momentos do ciclo da vida animal. A <a href="https://petworldcrematorio.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Pet World, de Curitiba</a>, por exemplo, é especializada em serviços funerários para animais. </p>



<p>Na análise de <strong>Léia Penner, sócia da Pet World</strong>, o mercado pet conta com uma curva de desenvolvimento ascendente, justamente por essa nova relação entre tutores e animais. &#8220;Quando entramos no mercado, essa relação entre humanos e pets era marcada por muitos tabus e medos por parte dos tutores, de serem ridicularizados por assumirem o quão especial era essa relação. Em todos os momentos que o pet auxilia os humanos, ele causa um sentimento único de amizade, cumplicidade e apoio alcançado com muita rapidez sem que qualquer palavra seja proferida. Hoje, as pessoas se sentem mais à vontade para expor seus sentimentos pois a comoção quando se trata de animais já não tem o mesmo bloqueio social como há 20 anos&#8221;, avalia.</p>



<div class="wp-block-media-text alignwide is-stacked-on-mobile" style="grid-template-columns:25% auto"><figure class="wp-block-media-text__media"><img decoding="async" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/02/Imagens-De-Olho-Entrevistados-Le%CC%81ia.png" alt="" class="wp-image-100998 size-full"/></figure><div class="wp-block-media-text__content">
<p><strong>&#8220;A busca pela qualidade de vida dos animais leva o mercado a oferecer cada vez mais serviços e produtos que promovam o bem-estar e a longevidade dos amigos pets. Portanto, o setor tem uma tendência de crescimento constante e duradouro&#8221;</strong>.</p>
</div></div>



<p>O apreço dos paranaenses pela companhia dos animais influenciou até políticas públicas. Curitiba será a casa do primeiro hospital público veterinário do Paraná. De acordo com a prefeitura, o hospital veterinário de Curitiba deve ficar pronto e entrar em operação ainda em 2024. O espaço oferecerá atendimento para qualquer morador da cidade com animais domésticos, contudo, o principal objetivo é proporcionar cuidado a pets de curitibanos em vulnerabilidade social.</p>



<h2 class="wp-block-heading"><strong>Inovação </strong>para pets e tutores</h2>



<figure class="wp-block-image size-full"><img decoding="async" src="https://deolhonomercado-prd.s3.amazonaws.com/deolhonomercado/wp-content/uploads/2024/02/Imagens-De-Olho-CORPO-DA-MATE%CC%81RIA-11.png" alt="" class="wp-image-100952"/><figcaption class="wp-element-caption"><em>As vencedoras do Rocket 2023, Flavia Nardo e Fernanda Mendes, no Estúdio C. Crédito: Priscila Fiedler/RPC</em></figcaption></figure>



<p>De olho no crescimento, o setor pet apresenta inovações bastante promissoras. Em 2023, por exemplo, a startup Pet Apertiz, de Curitiba, <a href="https://redeglobo.globo.com/rpc/realities/rocket-startup/ultimas-noticias/noticia/vencedora-rocket-2023-startup-pet-apertiz-e-a-grande-campea-da-quinta-temporada.ghtml">ganhou a competição Rocket da RPC</a> com uma proposta diferenciada para tutores e pets. A startup produz alimentação 100% natural para os animais de estimação, uma opção mais saudável para eles. Para a ceia natalina, por exemplo, a startup produziu um prato de lombo defumado com maçã e nozes exclusivo para pets.</p>



<p>Tais inovações respondem a uma tendência de inclusão de pets no núcleo familiar. Aos olhos dos tutores, os animais merecem cuidados e atenção especiais, assim como filhos. Logo, tutores almejam proporcionar alimentação de qualidade, cuidados estéticos, e até mesmo experiências para o pet. Atualmente, há até um mercado de luxo pet que movimenta bilhões no Brasil. Pets podem ostentar coleiras personalizadas e roupas fabricadas por marcas como Gucci, Prada, Louis Vuitton, Fendi. Portanto, o mercado pet espelha-se nos produtos e serviços ofertados para humanos.</p>



<p>Em relação a serviços, a adesão e procura por seguros de saúde para pets está crescendo. Segundo a Confederação Nacional dos Seguros (CNSeg), as vendas mundiais de seguros para pets devem alcançar até US$ 38,8 bilhões até 2030. Essa preocupação vêm também de tutores mais conscientes, que entendem o bem-estar dos animais de estimação como uma prioridade. Para Léia Penner, essa mudança de mentalidade foi essencial para o desenvolvimento do setor. &#8220;Quando entramos no mercado, a relação humano x pet era marcada por muitos tabus. Havia medo, por parte dos tutores, de serem ridicularizados por assumirem o quão especial era essa relação&#8221;, comenta.</p>



<h4 class="wp-block-heading"><em>Fontes</em></h4>



<p>Mundo do Marketing<br>Ecommerce Brasil<br>Instituto Pet Brasil<br>Estudo Pet | MindMiners<br>Estudo Pets | Opinion Box</p>



<h2 class="wp-block-heading">Veja também</h2>



<p><a href="https://www.deolhonomercado.com.br/uncategorized/2022-02-15-cada-vez-mais-presentes-nos-lares-gatos-agitam-o-mercado-pet" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Cada vez mais presentes nos lares, gatos agitam o mercado pet<br></a><a href="https://www.deolhonomercado.com.br/uncategorized/2021-09-21-mercado-pet-cresce-no-parana-e-empresas-planejam-expansao" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Mercado pet cresce no Paraná e empresas planejam expansão</a></p>


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